Wednesday 31 October 2012

O bom filho à casa retorna! :D


Mais de dois meses sem postar? Essa vida sem internet em casa tava complicada, haha.
Bom, onde eu parei? Acho que uma vida atrás, quando a gente ia mudar de casa.
Quando fomos mudar de casa vimos que o vaso estava quebrado... a gente apertava a descarga e saia água pra todo lado. Pedimos o cara da imobiliária pra consertar e depois de uns dois dias enrolando, consertaram.
Aí mudamos de casa. Foi um custo pra sair com aquelas malas pesadas do hostel. Mas, chegamos. Casa nova, vida nova. Na primeira noite era só felicidade. Imaginem só... Dois meses tomando banho em banheiro comunitário, dois meses guardando todas as roupas dentro da mala, dois meses sem geladeira confiável. Ahhhhhhhh, como estávamos felizes.
No outro dia, sem a cegueira pela casa nova, começamos a ver os primeiros defeitos, haha. Quando a gente bateu na parede, escutamos um monte de coisa caindo lá dentro, haha. Como se fosse cair a qualquer momento. À noite não tinha luz nos corredores do prédio (o que foi resolvido em uma semana). O vizinho de cima foi tomar banho e, de repente, uma goteira em cima do nosso colchão (ainda bem que ele só toma banho uma vez por semana). Banho. Taí nosso maior problema. O chuveiro não esquentava, acreditam??? Foram duas lindas semanas tomando banho de caneco.
Na primeira vez que conversamos com nossa landlady (a dona do prédio), achamos ela uma graça. Velhinha e tals, cabelo todo branco... achamos que ela seria tranqüila. Ahan, Cláudia. Ela nos enrolou 2 semanas para consertar o chuveiro. Tivemos que ligar várias vezes pra ela até ela levar o cara lá. Em um domingo, depois do almoço, resolvemos cochilar. Escutamos alguém batendo na porta e fui trocar de roupa para ir atender, mas nesses 2 minutos que demorei para responder, dei de cara com ela na porta do quarto. Ficamos chocadas, mas pensamos que talvez pudesse ser normal na Irlanda. Aí quando fomos combinar que dia o cara consertaria o chuveiro, ela falou que não importava, que nós não precisávamos estar em casa para ele consertar. Falamos que queríamos estar presentes e falamos com o filho dela que não queríamos que eles entrassem lá quando não estivéssemos. Mas com os problemas do chuveiro resolvidos, não teria porquê eles entrarem lá mais. Só sei que foi estranho e não gostamos disso. Além disso, pedimos a internet e quando o modem chegou, a linha do telefone não funcionava. Conversamos com os vizinhos e eles tentaram nos ajudar, mas parecia que precisava de uma senha para acessar a linha e, para variar, a landlady não queria colaborar. (Pelo jeito que eu descrevo a situação dá pra perceber que eu fiquei com raivinha, né?! Hahaha) Essa história ainda deu pano pra manga, mas vou falar sobre isso mais tarde para não colocar o carro na frente dos bois na minha história, haha.
Mudamos de escola! Agora estamos em uma escola que é mais perto, a escola da Mari. A sala tem menos gente, então somos obrigados a falar mais. O diretor de estudos estava de férias e por isso não fizemos o teste oral, então ficamos em salas provisórias, sem nome na lista. Outro dia minha professora veio falar que meu nome ainda não estava na lista e que era pra eu ir lá reclamar. Quando fui, descobri que estava na sala errada, porque aquela era o Upper do intermediário, tem base? Me falaram a sala na primeira vez e, como a aula é mais só conversação, nem percebi a diferença. Já tinha amiguinhos e tive que mudar, hahaha, mas bom também.
Mês retrasado fomos com a escola visitar um museu. Ficamos super animadas, era um museu que falava da história da Irlanda. Estudamos as guerras antes e tudo (esse país passou por milhões delas e quando não passava, a galera ia lutar onde tinha guerra, haha, alguns só pra “se divertirem”). Aí fomos todas empolgadas. Quando chegou lá, a professora falou “tal turma comigo” e blá blá blá. De repente “a gente se encontra nesse ponto às 12:30”. Hahaha, tivemos que ser auto-suficientes em visita em museu. A gente ia passando pelas coisas e lendo. Suuuuuper sem graça. O museu era legal, tinha umas histórias bacanas e tals. A guerra civil da Irlanda foi bem pesada e foi até outro dia (exagerei, porque foi lá pra 1920)!! Saímos de lá mortos de tanto ler e morrendo de fome, aí lembramos que estávamos perto do restaurante brasileiro. Comemos um bife a parmeggiana e ganhamos o dia! :D
Nesse meio tempo descobrimos um esquema super legal na biblioteca pública. A gente faz a inscrição para curso de línguas no computador. Aí marcamos o dia que queremos ir e nós fazemos o nosso programa, focando mais no que temos mais interesse. Aí depois de 50h carimbos na sua folhinha, você ganha certificado e tudo! Aí comecei a fazer francês e espanhol também. Ainda apanho um pouco do programinha, mas jajá me acostumo.
Agora temos amigos irlandeses para treinar o inglês. Conhecemos os caras na balada “sem defeito” como diz o Jimmy. É um bar super bonito e na quinta tem Ladies Night. A gente entra de graça e ainda ganha um drink para cada hora de 20 às 24h! Qualquer drink do lugar. Acho que a primeira vez que fomos lá foi a primeira vez que bebemos com qualidade em Dublin, haha. Em uma dessas vezes apareceram uns caras dançando muuuuito esquisito. Eles faziam de propósito, ficavam todos suados de tanto dançar estranho. A galera toda olhando os caras dançando e a gente foi dançar junto depois de um tempo. Aí os caras adoraram a gente ir dançar com eles, pediram pra gente ensinar arrocha. Hahahaha. Eles ficaram filosofando sobre as danças irlandesas serem todas com as pessoas pulando porque eles não conseguem mexer o quadril. Um deles pegou nosso telefone e super fez questão de perguntar se íamos na próxima quinta dançar com eles. Parece que quinta é o dia deles de juntar os amigos, ver um filme, comer uma coisa gostosa e sair pra dançar. Tem base? Soa meio boiola, haha, mas achei muito legal! Eles são super legais! Até combinamos de viajar com eles algum dia.

Irish Friends


Falar em novos amigos, conhecemos três gaúchos e ficamos amigas deles. É o famoso “ele é viado, mas é meu amigo”! HAHA, tô brincando. Conhecemos esses meninos em um lugar que nunca vamos: na Diceys. Aí encontramos com eles em outras Diceys e começamos a combinar de fazer algumas coisas: jantar na casa deles, comida de boteco na nossa, almoço de domingo, essas coisas. Teve um final de semana que dois deles foram pra Londres e um ficou, aí o adotamos. Ele fala que a gente fala demais, haha, mas foi um final de semana muito bom. Aí quando os outros dois voltaram, passamos um domingo com cara de domingo na casa deles e, quando percebemos, a gente tava “andando junto”, HAHA. Eles são muito legais! A gente vive rindo das diferenças de vocabulário. A primeira vez que eu chamei a atenção das meninas com “os menina”, quase fui linchada, hahaha. Agora já cumprimentamos com “bah, qual a situação?” e eles já acostumaram a chamar para alguma coisa com “vão?”, hahaha. Eles viraram de casa e a gente virou muito mais de que de casa! 

Nós, os gaúchos e o Flávio
Em um belo dia, voltamos da biblioteca e vimos que tinha uma xícara diferente na pia, uma xícara que nunca usamos. Fui procurar uma lista de coisas que eu tinha feito pra fazer e não achei. Quando vi, tinha um bilhete da landlady escrito na parte de trás da minha lista e colocado em cima da mesa. Pra gente foi a gota d’água. No outro dia fomos na imobiliária e o cara perguntou se queríamos sair, que talvez fosse melhor pra todos. Falamos que conseguíamos tirar as coisas de lá antes do vencimento do aluguel e mudamos de mala e cuia para a sala dos gaúchos, haha. Ligamos para a landlady pra combinarmos um horário para pegarmos o depósito de volta e entregarmos a chave, mas ela está nos enrolando até hoje. Nosso amigo irlandês já falou que se ela não devolver, ele vai ligar pra ela. Talvez seja nossa solução, já que o cara da imobiliária não ajuda muito. Ele liga pra ela, ela diz que vai nos ligar, nunca liga, eu ligo pra ela, ela fala que está viajando e quando voltar liga, aí ela não liga, eu ligo pra ele, ele diz que vai ligar pra ela, blá, blá, blá. Nessa lenga-lenga estamos dois meses esperando esse depósito.
Mas aí, fomos morar na sala dos meninos. No começo ficamos muito tempo na internet pra matar a saudade de internet em casa, hahaha. Mas aí todo dia a gente arrumava um trem gostoso pra fazer: cachorro quente, filme, comida de buteco, macarrão, etc, etc, etc. A casa ficou mais bagunçada do que nunca! Nessa, conhecemos os outros dois meninos que moram na casa deles: a Arthur e o Daniel. Os dois gays mais legais do Brasil! Fiquei impressionada com o tipo de relação que eles têm. Os meninos antes eram mó preconceituosos, mas o Arthur e o Dani super não ligam pra nada, eles não têm nenhum pouquinho de preconceito ou vergonha deles mesmos, então eles chegam e vão contando as coisas... e falam MESMO! Morro de rir! Aí os outros meninos super acostumaram e vivem chamando eles de “bicha”, “as meninas da casa” e essas coisas e eles super atendem! Arthur sai gritando pela casa “Danieeeeeeeeeelaaaaaaaa” e os meninos morrem de rir, hahahaha. Não precisa nem comentar que Arthur e Dani ficaram muuuito felizes com nossa presença feminina na casa. Eles pediam todo tipo de opinião de roupa e essas coisas. O foda é que eles não gostam de mulher, mas esquecem que a gente gosta de homem. Aí eles chegam liiiiiiindos, tirando a camisa e perguntando se estão gordos!!! Eu mereço?? Sacanagem demais! HAHAHAHA.
Aí chegou o meu aniversário. Combinamos que iríamos comemorar a semana inteira. Pra falar a verdade, eu estava com bastante medo de ficar na bad, mas nem fiquei hora nenhuma. :) Fomos pra Diceys na terça e até conseguimos arrastar nossos amigos irlandeses! Na quarta resolvemos fazer leeeeera de batata frita e tomar uma em casa... aí meia-noite, quando ia virar meu aniversário, a galera chegou com um bolo e um pacote de presente e nisso “os véio” e a Lina no skype. Aí cantamos parabéns, papai tocando viola de lá e Rafael tocando cavaquinho daqui. Aí ganhei uma serenata de “João e Maria” via skype e chorei até. Eles tentaram fazer um vídeo tocando e cantando a música, mas não conseguiram mandar (até hoje estou esperando, ta, mãe, pai e Lina?!). Quando fui ver o envelope, Thatita tinha pedido a galera pra fazer uma montagem ou uma foto bonitinha e me mandar, aí ela revelou um monte pra todo mundo estar perto de mim! :) Foi lindo, fiquei muito feliz!!! 

Surpresa de aniversário :D
No outro dia, meu aniversário de verdade, começava a Oktober Fest de Dublin! Aí comemoramos meu aniversário em grande estilo :D Bebemos na canequinha de 1L e tudo! Na sexta ficamos bebendo em casa e no sábado voltamos pro Oktober, haha. Não paramos de comemorar nem um pouquinho. :D 

Oktober :)


Mas para comemorar em SUPER GRANDE ESTILO, programamos uma viagem para a Itália, que foi a mais linda viagens dos últimos tempos! Mas essa história sozinha dá 5h escrevendo, então vai ficar para a próxima para vocês não me xingarem demais! :D
Muitas saudades!!!! Beijos, amo vocês!!! E feliz dia das bruxas para todos (aqui comemoramos o halloween atééééé, mas também é história para ser contada depois!)

Sunday 19 August 2012

Tardo, mas não falho! Haha

Nuuuu, um mês sem postar??? Então vocês estão fudidos para lerem esse post! Hahaha! Prometo tentar resumir!

Logo depois do último post tivemos uma semana muito boa! Começou com um domingo muito bom em um pub. Tinha um menino na minha sala, o Victor, que é russo e mora na Bélgica. Nem tinha conversado tanto com ele... Aí resolvemos ir no Pub e falamos para ele ir. Aí ele sempre andava com o Igor, um outro brasileiro. Foram os dois pro pub com a gente e descobrimos que era a última semana do Victor em Dublin. Ele é fascinado por outras culturas e outras línguas, todo curioso! Ficamos contando sobre Brasil e ele ficou todo empolgado. 
Seria o aniversário da Thatita e estávamos pensando em fazer algo especial para ela. Só pra variar, decidimos comemorar o aniversário dela na Diceys, haha. Enchemos a cama dela de balão, faixinha e chocolate antes de irmos pra boate e, quando voltamos, ela ficou toda feliz. O dia do aniversário dela foi todo gostoso... combinei com a mãe dela e cantamos parabéns pelo skype todos juntos. Eles com um bolo de lá e a gente com um de cá.
No outro dia, combinamos de fazer caipirinha para o Victor, porque ele havia provado na Bélgica e não tinha gostado. Fizemos caipirinha com vodka, porque foi impossível achar cachaça, haha. Mas ele finalmente gostou! Ficamos bebendo caipirinha e fazendo joguinhos de bebida que fazemos no Brasil. Ele entendeu tudo e ficou toooodo feliz! Hahaha. 
Na sexta seria o último dia dele em Dublin... adivinhem onde ele quis encontrar a galera toda para despedir? Em um restaurante brasileiro! Hahaha. Fomos nós e os espanhóis! Comemos, de entrada, escondidinho de frango (adoro a espanholada tentando falar "escondidinho"), depois feijoada, de sobremesa, bolo de cenoura com chocolate e Guaraná! Foi uma das sensações mais gostosas desde que cheguei em Dublin, hahaha! Os espanhóis amaram a feijoada e o Victor também. 




Depois voltamos para o hostel e resolvemos tomar umas cervejas... o Victor estava todo tristinho, dava pra ver. Do nada, tivemos uma ideia e resolvemos levá-lo para o Boteco Brasileiro. Era dia de sertanejo! Saímos correndo para dar tempo de entrar pagando só 1 euro! Chegamos lá e ficamos tentando ensinar o Victor a dançar... e ele lá todo travadão, todo tímido, tadinho. Ficava todo vermelho pra tentar dançar de par. Para deixar o menino com mais vergonha ainda, fizemos ele subir no palco para dançar "nossa, nossa, assim você me mata", hahaha. Ele queria matar a gente! Saímos de lá, todos muito felizes e fomos procurar os espanhóis no lugar que eles haviam falado que estariam. Como não conhecíamos o lugar, saímos gritando nas ruas "Spanish peeeeeeeeeeeeople", haha.  Tiramos fotos em pontos turísticos e ficamos acordados até o transfer chegar para levar o Victor para o aeroporto. 



Foi o primeiro amigo que foi embora e foi uma sensação muito esquisita. Ficamos tristes de verdaaade. Isso porque passamos só uma semana muito próximos. Aqui tudo parece mais intenso. A gente ficou uma semana juntos, mas era na aula, no hostel... ele virou amigo mesmo e sentimos falta dele até hoje!
Depois de um tempo recebemos um cartão postal dele lá da Bélgica e ele pediu o cara do jornal da escola para publicar um texto que ele escreveu sobre "aproveitar, literalmente, até o último minuto" com foto nossa no Boteco Brasileiro. Bonitinho demaiiiiis! Já combinamos de ir para a Bélgica visitá-lo! 

Na outra semana, fomos para Edimburgo. Ainda não entendi porquê tivemos a idéia RETARDADA de dormir no aeroporto. Nosso vôo era às 6 da manhã e os ônibus paravam de passar às 23, então, para não pagar transfer, decidimos ir no dia antes para o aeroporto. O problema é que o ônibus não passou e nós tivemos que pegar transfer... mas ao invés de voltarmos para o hostel e pegarmos no outro dia, resolvemos ir na hora mesmo. QUE ERRO! Mas apesar de dormirmos no aeroporto, chegamos no portão em cima da hora (puta que pariu, que aeroporto grande!) e ainda passamos o maior sufoco para fazer as mochilas de escoteiro caberem na gaiolinha da Ryanair que dita as dimensões que podemos levar de bagagem. Estávamos mortos... O avião subiu, achei que ia cochilar, mas 10 minutos depois (exagero meu, foram 30) o cara já tava avisando que o pouso tinha sido autorizado!! Chegamos em Edimburgo suuuuuper cansados... Demos sorte que o primeiro hostel que procuramos tinha vaga e era barato.
Aí saímos para dar uma volta e achamos um monumento grandão e preto, super interessante. Aí vimos que dava pra subir nele... lá de cima dava pra ver tooooooda a cidade! Coisa maiiiiis linda! Dava pra ver castelo, ruínas, os arcos das olimpíadas que estavam enfeitando a cidade... 



Aí não aguentamos mais de cansaço e tivemos que voltar para o hostel. Perdemos tempão por dormir no aeroporto. À noite demos mais umas voltinhas e fomos procurar um lugar pra comer... andamos, andamos, andamos, andamos e andamos procurando algum lugar acessível e bonitinho e acabamos em um restaurante italiano! HAHAHA. Mas eles serviam de entrada um patê de caranguejo típico da Escócia. Nó, mas não era bom não, viu... era excelente! Brindamos pelo aniversário da Lina e super curtimos o jantar.
No outro dia arrumamos um mapa e saímos procurando as coisas pra ver... Super marinheiros de primeira viagem... "juninho" mesmo! Fomos sem rumo, sem saber distância de nada... acabamos encontrando o jardim botânico real. Nó, bonito demais!! Ficamos lá tirando milhõõõõões de fotos... Vi meu primeiro esquilo ao vivo, hahaha! O lugar tinha um verde siniiistro... fiquei pensando no inverno... Vimos umas plantas que pareciam couves, mas eram gigantes, aí ficamos lembrando do nosso amigo Pedro, O Agroboy.
Depois fomos procurar o tal do Calton Hill, que é um lugar super alto que tem um observatório, um monumento com cara de ruína, entre outros. Custamos a achar o caminho para subir no morro. Mas quando chegamos, super cansados, lá em cima, valeu todo o esforço! Nó, que lugar bonito! Dava pra ver tooooda Edimburgo mesmo, mais do que do monumento. 


Custamos a subir no monumento para tirar foto e quando subimos, ficamos morrendo de medo. O vento era um trem de doido, dava muito medo de ele te carregar junto! Era muuuuito forte. Ficamos grudadas nas pilastras sem ter coragem de soltar, hahahaha! 


Ficamos bobos de taaaanto que o lugar era bonito!! Aí voltamos para o hostel porque decidimos fazer o tal do Pub Crawl, que é um trem que você paga 10 libras e vai em vários pubs e acaba em uma boate no final da noite. Chegamos no hostel e encontramos um australiano super conversado que falou pra gente não fazer o Pub Crawl... ele trabalhava em, segundo ele, uma das melhores boates de Edimburgo e ia colocar nosso nome para entrarmos de graça. Pensamos "deu nóis" e mudamos nossos planos. Resolvemos fazer um esquenta antes e ficamos muito felizes de descobrir que o uísque escocês era acessível, haha. Ficamos bebendo no hostel e foi uma galera junta pra boate. Chegando lá... NÓ!!!! (tô imaginando a expectativa de vocês aqui, haha) Mais uma vez... Chegando lá... NÓ!!!! QUE TREM MAIAAAAAAADO! Jesus, que lugar avacalhado!  Nem rebocadas as paredes eram, haha. Os corrimãos pareciam feitos de tubo de pvc, haha. Tinham umas luzinhas azuis muito estranhas nas escadas... uma galera muuuuito feia e umas músicas das nossas épocas de aniversário de 15 anos! Os meninos já estavam alegres, arrumaram umas mulheres (quero nem pensar em quantos dentes elas tinham) e aí a festa estava feita. Pra nós, não tinha a menor graça o lugar. Fomos pra rua e começamos a perguntar pra galera um lugar bom pra ir e todo mundo recomendava o tal do Cabaré Voltaire, que era onde estávamos antes. Acabamos comendo uma batata e jurando amor eterno à Diceys!
No outro dia decidimos fazer o tal do Pub Crawl. Isso sim eu posso falar que foi muuuuuito legal. Era a coisa mais engraçada. No primeiro pub nós ganhamos uma pint de cerveja e ficamos lá viajando. Aí, de repente, Mari resolve ir no banheiro e volta falando "não tem mais ninguém aqui", haha. Aí saímos correndo atrás da galera e os encontramos entrando num outro pub. Aí todo pub a gente ganhava um shot de alguma bebida. Alguns pareciam xarope, outros eram uísque, uma variação danada. Aí a gente entrava no pub e a mulher gritava "DEEEEZ MINUTOOOOOOS", hahahaha. Daqui a pouco gritava de novo: "CIIIIINCO MINUTOOOOS", hahahaha. Então a gente só acabava conversando com quem estava fazendo Pub Crawl também. Antigamente a Narinha tinha uma brincadeira que era apostar quem dava mais beijo no ombro de pessoas desconhecidas sem a pessoa perceber, haha. Talvez por ser véspera do aniversário dela, decidimos brincar disso. Nó, nunca consegui tantos beijos no ombro na vida! Hahahaha. Quando a gente olhou, as pessoas que a gente dava beijo no ombro estavam entrando na brincadeira, haha! Foi muuuito engraçado! 


Tivemos que decidir qual castelo a gente ia, no de Edimburgo ou no da Rainha (porque não ia pagar 30 libras pra entrar nos dois DE JEITO NENHUM). Decidimos ir no da Rainha porque devia ser uma sensação interessante pensar que ela ainda "mora" no lugar quando vai para a Escócia. Aí fomos para o tal do Palácio de Holyrood house. Aí ganhamos uns radinhos que a gente colocava o número da sala e explicavam a história. Super legal o castelo. Cheio das frescuras: uma sala para receber gente desconhecida, uma para visitas mais íntimas, outra para visitas mais ou menos íntimas... hahaha! Uma sala gigaaaaaante com retratos das pessoas da família real... quase todos os quadros iguaizinhos, haha. Coisa de doido! Pra mim, o mais interessante foi saber a história da tal da Mary, Queen of Scots. Ela teve o primeiro casamento dela com uns 15 anos, aí foi viver na França com o marido. De repente, morre mãe, marido e algum outro parente em um intervalo de 1  mês, mais ou menos. Aí ela voltou pra Escócia e ficou sendo rainha. Casou de novo com um outro cara lá, aí esse cara era super ciumento. Teve um dia que ela estava em reunião com o secretário dela e o marido chegou com uns colegas e deu 56 facadas no secretário. Nisso, ela grávida, não pôde fazer nada. Depois a casa que o marido estava explodiu e ele foi encontrado morto, diz a lenda que ela poderia ter participação no assassinato. Aí ela tinha vários amantes e ficou com super fama de piriguete, por isso, teve que renunciar ao trono em favor do filho dela. Para fugir dessa loucura toda, foi pedir abrigo pra prima dela na Inglaterra, a tal da Elizabeth I. Mas como, teoricamente, a Mary era mais rainha que a Elizabeth, a Elizabeth ficou com medo da Mary reivindicar o trono e mandou prendê-la numa torre. Aí ela ficou presa por 19 anos lá e mandava algumas cartas. Um dia, pegaram uma dessas cartas e a acusaram de traição, aí executaram a moça. Aí decidimos que, ao invés de usarmos a expressão "nó, sofri mais que a Maria do Bairro", agora vamos usar "nó, sofri mais que a Mary da Escócia", hahahahaha!
Depois fomos ver a parte da Coleção Real que estava em exposição na Galeria da Rainha e vi meu primeiro Da Vinci e meu primeiro Michelangelo ao vivo! :) Coisa linda!
No último dia fizemos um passeio muito legal, o tal do "The Scotch Whisky Experience". Começava com um tour "virtual". A gente entrava num carrinho que era um barril de uísque e íamos passando pelos processos de fabricação do uísque. Microbiologia Industrial purinha! Me senti até na faculdade, haha. Depois vimos as áreas da Escócia produtoras de uísque e tínhamos que escolher um tipo de uísque para experimentar. Descobrimos que esses uísques que a gente toma são todos misturas. Os puros são bem mais fortes. Juninhos que somos, escolhemos um puro e enchiiiiii o olho de água na hora que dei meio gole, haha. Vimos a maior coleção de uísque escocês do mundo que foi feita por um brasileiro, tem base? Tem mais de 38 mil garrafas! É liiiinda!!


Na hora de ir embora, lá fomos nós dormir no aeroporto de novo. Mas a diferença é que o aeroporto de Dublin tem sofazinho... o de Edimburgo serviu SÓ pra matar a gente de raiva, haha. Nó, nunca mais. 

Voltamos pra Dublin e já era semana dos nossos amigos brasileiros irem embora. Foram 3 de uma vez! Foi difícil, viu... Além deles, os espanhóis super começaram a ir embora também e fomos ficando pra trás... Engraçado demais sentir saudade dessa galera que convivemos tão pouco tempo. E quando eu falo que gosto MUITO deles, eu falo com total sinceridade. Claro, já combinamos de ir para a Espanha vê-los, haha.
Alguns foram embora e deixaram uma tralha com a gente. Até ferro de passar roupa nós ganhamos, haha! Thatita usa as coisas deles e põe "Spanish" na frente de tudo: "me passa a Spanish tesoura, por favor?", "pegou o Spanish shampoo pra gente tomar banho?", haha. Foi uma economia danada a Spanish amizade!

Mudamos de quarto no hostel para um quarto só meu, da Thatita e da Mari. É um porão, haha. Super escondido e todo de carpete. O quarto estava nojeeeeeento de sujo. Aí pedimos o aspirador emprestado e a vassoura, improvisamos um pano e um detergente e demos a maior faxina que o quarto já viu. Foi super dia de empreguete, haha. Até lavar a janela nós lavamos. Até baixar a música da novela das 7 nós baixamos, hahahahaha. O cara da recepção, o Gato (ele chama a gente de gata... fica aprendendo palavras em português e adora, haha. Quando ele vem me pedir ajuda com algum brasileiro que não entende nada de inglês ele fala "small gata, please", hahaha), ficou tão orgulhoso da gente que colocou uma tv no nosso quarto, haha. Inclusive, acho que as mulheres da faxina levaram um xingo por nossa causa, porque quando saímos do quarto para fazer almoço, a Thatita viu todos eles dentro do nosso quarto e elas discutindo, como se tivesse alguma coisa muito errada acontecendo. Povo aqui não está acostumado com limpeza não, sabe?!  Inclusive, nosso quarto não tem banheiro e, por isso, tomamos banho no banheiro coletivo. Claro que só trombamos com brasileiras no banheiro. Fora isso, nunca que vamos lá tem gente tomando banho. Teve um dia que apareceu uma gringa pra tomar banho enquanto estávamos lá. Ela entrou de calcinha e sutiã no box, depois de 5 minutos saiu. Tem base? Nem tirou a calcinha e o sutiã. Aaaah, falar nisso, em Edimburgo, vi um francês tomando banho na pia! HAHAHA. Literalmente. Ele chegou, passou água na cara, no sovaco e pronto, banho tomado!!!

Esses dias pra trás, por incrível que pareça, o preguiçoso do sol resolveu aparecer em Dublin! Fominhas de sol que somos, aproveitamos a oportunidade para tirarmos as havaianas e os shorts da mala, haha! Eu e Thatita fomos correr ao longo do canal e, quase no lugar que o canal encontra o mar, descobrimos uma espécie de porto. Nó, que lugar maaaaaais gostoso. Tinha crianças pulando na água (com roupas térmicas, claro) e praticando aquele esporte esquisito que tem que remar em cima de uma prancha. Assentamos na beiradinha da água e não resistimos à vontade de deitar e ficar lá tomando sol de roupa. A galera passava e não entendia nada, hahaha. À tarde voltamos com a Mari para mostrar o lugar e estava cheeeeeeio de gente assentada nos decks tomando cerveja depois do trabalho. Foi uma delícia de fim de tarde! :) 



Depois de resolver a questão do visto (agora sou oficialmente legal na Irlanda por 1 ano), começamos a saga pela procura da casa perfeita. Queríamos morar só as 3, mas não estávamos encontrando nenhum lugar. A maioria dos lugares com preços acessíveis era longe, bem no centro e nós estávamos preferindo essa área que estamos, que é perto da escola. E num é que demos sorte de achar um flat aqui pertinho? "Barato" (em relação aos aluguéis de Dublin, porque 550 euros para um quarto e sala é caro pra booosta), em uma área excelente, sem precisar pagar contas de energia e água e perfeito para 3 pessoas (apesar de termos uma cama de casal e outra de solteiro). O prediozinho é liiiindo por fora! Tem uma porta liiiiinda e escadinha na frente! A casa é toda torta (virginiana que sou, fico bastaaaaaante irritada com a gambiarragem que é a engenharia desse lugar) e, infelizmente, tem carpete... mas vamos deixa-la com carinha de casa. Já compramos taças rosas, velinhas e até uns porta-retratos que são ímãs de geladeira, hahaha!
Fomos fazer faxina na casa e, depois de 5 horas suuuuuuuper esfregando panela, fogão, etc, não conseguimos terminar.  Ficamos super cansadas e desistimos! Acho que a casa também nunca tinha visto uma faxina! Fico impressionada com a forma deles de "limpar" as coisas aqui. Conhecemos uma brasileira que falou que tem sua própria bucha em casa porque as coreanas que moram com ela só passam água nas coisas. Ela tem que lavar tudo antes de usar, tem base?!
Hoje é nosso último dia no hostel... amanhã, casinha nova! :) Ainda estamos sem internet, mas iremos providencia-la jajá! Vamos sentir falta do Citihostels e de seus personagens esquisitos, como o "The Flash", um cara que vive correndo pelo hostel, o Willl, o americano gente boa mais sem noção do mundo, o Velho, aquele ser fedorento que fica fumando pelos cantos, etc, etc, etc! O bom é que passaremos na frente do hostel toooodo dia para irmos para a escola. Podemos dar bom dia para o Gato (que virou uma espécie de amigo/pai) sempre! É, foi muita história boa para contar nesse lugar! :)

Visto e casa já arrumados! Ainda falta emprego... mas, se Deus (e eu também) quiser, jajá resolvo.
Na verdade, "falta" não falta aqui: falta mãe, falta pai, falta irmã, falta Tuca, falta família, faltam amigos, falta abraço, falta carne, falta suco, falta banho, falta molho madeira (ainda não achei), falta feijão, falta dente, falta sol, etc. 
Mas também sobra... sobra, principalmente, saudade e muito, muuuuuuuito amor! (ô, e como sobra!) :)

E sobram palavras também, né, Luciana?! Hahahaha, ô menininha para escrever muito, sô!

Amo muuuuuuuito vocês! Com Deus e té já! ;)

Sunday 15 July 2012


Acho que já está na hora de dar mais notícias, né?! Vou ter que parar de contar dia por dia senão vai ser mais fácil mandar encadernar o livro e entregar na casa de vocês, haha.
Bom, depois de o PPS (um cartão com uma foto preta e branca horríííííííveeel) chegar, fomos fazer a conta no banco. Impressionante o tanto que o sistema deles é lento. Tivemos que ir em um dia marcar para abrir a conta. Cheguei lá com mais quatro meninas e a moça marcou as quatro juntas para 4 dias depois. Como Thatita havia ido marcar no mesmo dia que eu, mas mais cedo, ela marcou para o dia seguinte. Tentei dar um jeitinho e fui com ela no outro dia para tentar abrir a minha de uma vez. Deu super certo e a mulher só pediu para preenchermos uns 5 dados em um formulário e assinar. Só! Tem base?? Mas só segunda devemos conseguir depositar na nossa conta. Temos que dar um jeito nesse visto rápido!
Sexta-passada íamos em um bar que falaram que era muito bonito e famoso, mas chegamos “de galera” na porta, falando português e o cara falou que se não tivéssemos reserva, não podíamos entrar. Estava chovendo e ficamos na porta decidindo o que fazer e vi que milhõõõões de pessoas estavam entrando e o cara não perguntava nada para elas. Perguntei por quê ele não estava perguntando sobre reserva para as outras pessoas e ele me falou que estava no trabalho dele e podia fazer o que quisesse e fez “shiiiiiii” com o dedo na boca me mandando ficar calada. Fiquei indignada, mas respondi “ok” e o outro cara começou a nos enxotar da porta. Nó, fiquei muuuuuuito brava. Mas fomos para uma festa que umas meninas brasileiras do hostel estavam e ganhamos a noite. Era uma festa em um hotel liiiiindo e tocava salsa! Morremos de dançar e, é claro, nos acabamos no “kuduro”, “nossa, nossa, assim você me mata” e “tchetchererêtchetchê”. 



Salto em Dublin: furada!!!

No sábado saímos com os espanhóis para um pub que também era boate. Foi bem divertido! Eles estão aprendendo a cantar “o pinto do meu pai” e vão nos ensinar a cantar “corazion partio”, HAHAHAHAHA. Um troca cultural riquíssima!!!!
Claro que terça passada fomos na Dicey’s de novo. Mas, dessa vez, chegamos às 18:30 na porta só para não termos que pagar os 5 euros da entrada, hahaha. Foi bem legal! Ficamos dançando com os nossos amigos espanhóis do hostel e com os amigos das nossas salas. O problema foi que, de repente, me deu uma super tristeza. Eu olhei em volta e pensei “eu queria estar dançando com os meus amigos” e aí eu fiquei super com saudade de tudo! Já estava cansada e resolvi voltar para casa. Mas na hora de chegar em casa, não era, nem de longe, minha casa, hehe. E aí que eu fiquei com mais saudade mesmo e chorei o resto da noite.
No outro dia acordei ainda com saudades e Thatita também... Era dia de mudar de quarto e ficamos um tempão arrumando nossas coisas. Quando fomos para o outro quarto, ficamos 30 vezes mais tristes. O quarto era minúúúúúsculo e tinha um cara beeeeeeeeeem mais velho dividindo o quarto com a gente. As nossas malas mal cabiam no quarto e assim que conseguimos colocá-las, já voltamos para a recepção para reclamar. Se fosse um quarto muito apertado só com meninas era uma coisa, mas um quarto muuuuuuito apertado com um cara mais velho que fica o dia inteirinho no quarto dormindo, é outra e bem diferente. Ficamos um pouco com medo, ele era muito estranho. Decidimos sair de casa para não ficarmos “na bad” o dia inteiro. Aí fomos ver a pelada dos meninos do hostel lá no parque gigante, o Phoenix. Estávamos lá vendo o jogo bem felizes e, de repente, caiu uma suuuuuuuuuuuuuper chuva. Saímos correndo para um pedacinho de telhado, mas chegamos lá toooodas molhadas. Nessa hora, saiu um super sol e o arco-íris mais lindo que eu já vi na vida apareceu no céu. Entendi foi nada! 



Dava pra ver TODAS as cores!
Tentamos aproveitar um pouco do sol, mas estávamos com muito frio e havia umas nuvens muuuuuuito pretas sugerindo mais chuva! Perdi meu celular na correria da busca por um teto, mas depois achei no meio da chuva. Aí elegemos o pior dia de Dublin e decidimos ir embora, haha. Mas, ao chegarmos perto de casa, resolvemos parar para comer. Entramos em uma lanchonete bonitinha e, para variar, a garçonete era brasileira. Ela nos sugeriu uma refeição promocional que dava para mais gente e comemos pizza, pão de alho, batata frita e franguinho frito, haha. Ganhamos o dia na comida!! Depois chegamos em casa e ficamos tristes de novo de ter que entrar no quarto. Quando fui tomar banho, o chuveiro era completamente diferente. Era um super jato que saia da parede, maaaaaas era igual torneira de shopping. Tem que apertar e apertar de novo de tempos em tempos, senão a água pára e o próximo jato vem gelado. Coisa mais esquisita. Pelo menos deu para esquentar! Já não bastasse tudo o que aconteceu no dia, o homem mais velho ainda fedia. Ele mexia na cama de baixo e subia aqueeeeeeeeeeeeeeeela catinga. Nossa senhora, que pavor! HAHAHA.
Tentamos várias vezes mudar de quarto e finalmente conseguimos uma opção. Fomos ontem para um quarto gigaaaaante ao lado do nosso antigo quarto. Apesar de não ter nem chave (porque são 12 camas no quarto), é arejado, dá para colocar nossas coisas e não tem gente fedendo! Semana que vem iremos mudar de novo, mas para um quarto de 4 pessoas e com dois amigos espanhóis. Um, gay, outro, mais ou menos. HAHAHAHA. Mas eles são muuuito legais e muuuito divertidos. Acho que vai ser ótimo. Até porque vai nos obrigar a falar em inglês, né?!
Na quinta-feira ficamos tentando ensinar os espanhóis a jogar truco, haha. Quando vimos, estávamos fazendo a maior confusão, porque eu e Thatita estávamos ensinando o truco de mineiro e os paulistas estavam ensinando aquele truco paulista que o zap muda a cada rodada. Hahahaha. Os espanhóis começaram a falar “primeiro, vocês aprendem a jogar, depois, vocês ensinam”, hahaha. Arrumamos um confusão danada com inglês, português, espanhol, portunhol, espanglês, etc. Depois fomos jogar “detetive” do jeito que eles jogam. Tem um ladrão, que mata as pessoas piscando, um policial, que tem que prender o ladrão (até aí, tudo igual), mas, ao invés do anjo, tem uma prostituta que revive as pessoas com um beijo, HAHAHA. “La puta”. Eu e Thatita ficamos lembrando quando, junto com as meninas, disputávamos nas festas quem dava mais beijo no ombro dos outros sem ninguém perceber e não conseguíamos parar de rir do papel da puta. Foi bem divertido.
Mas o melhor é a sexta-feira sem aula! :D Fomos passear no castelo de Dublin e em três igrejas bem bonitas. Em uma delas, paramos, rezamos e acendemos velinhas para nossas famílias. :)
 Outra era, na verdade, um meio museu. O guia era o mais gente boa do universo. Dava vontade de apertar! Ele era um velhinho com uns olhos muito azuis e um óculos fundo de garrafa. Falou que adorava o Brasil, feijoada e caipirinha. Explicou tudo do lugar pra gente em um inglês mais rápido do que eu e Thatita contando caso em português. Claro que muita coisa não deu pra entender. Mas ele contou que tinha uma pedra da sorte no museu que toda vez que foi retirada de perto da igreja, ela acabava voltando, e que todo mundo que encostava nela, os negócios começavam a dar certo. Ficamos lá 30 minutos encostados na pedra para ver se dava MUITA sorte pra gente, hehe. 


Christ Church
À noite fomos em um bar aqui perto muuuuuuuito bonito. Fomos com o amigo da Thatita que está aqui (Marcelo) e com 3 dos espanhóis do hostel. Ficamos super dançando, mas quando o lugar começou a ficar desanimado, resolvemos ir para a rua e achar outro lugar. Achamos uma boate gay que até algodão doce tinha, haha! Ficamos dançando na pista de dança que mudava de cor, fizemos dança da cordinha, etc, etc, etc. Na hora de voltar para casa, voltamos cantando tudo em espanhol e português que todo mundo conhecia, que se resumia a “nossa, nossa, assim você me mata”, “me gusta la marijuana, me gusta tu” e “corazion partio”, hahaha. Chegamos com o dia claro (é claro!) e ainda fomos fazer macarrão! Foi, definitivamente, a melhor noite até agora! Posso falar, sem exagero (sério, mãe), que rachaaaaaaamos de rir! :D
Ontem resolvemos ir a alguma praia aqui perto. Pegamos o trem e fomos parar em Bray. É uma cidade minúscula e delicinha. A primeira reação da praia de pedras foi bem diferente. Não é tão difícil de andar como na areia, mas é complicado para andar de bota, hahaha. Não tinha cara de praia de verdade, mas sentamos nas pedras e ficamos um tempo viajando no lugar. Isso é mais coisa minha e da Thatita. A galera já estava com fome e nós duas adoraaaando escutar o barulhinho da água. As ondas não quebravam tão forte com aquele tchuáááááá, mas na hora que elas voltavam para o mar e passavam no cascalho, dava um barulho muuuuuito gostoso. Mamãe ia adorar! Parece barulho de chuva de teatro, sabe?? Passeamos um pouco, mas estava frio, por isso não subimos o morro para ver a vista. Comemos um crepe de nutela com morango que Thatita estava aguada desde uns 3 meses atrás e ficamos todas sujas de chocolate, haha. Ganhamos o dia no crepe! :) O dia foi todo um delícia e chegamos mortos em casa e, graças a Deus, tínhamos um quarto relativamente bom para dormir!
Hoje aproveitei os 40 minutos de sol que deu para correr perto de um canal que tem aqui pertinho. Tem um caminho cheeeeio de árvores que é a coisa mais linda. Nem dá vontade de parar de correr, hahaha.
No mais, está tudo ótimo! :) O que sempre pega é a saudade... tem hora que dá aquelaaaa vontade de abraçar apertaaaado!!! Toda hora lembro de alguém em algum lugar e penso “tal pessoa iria gostar disso”. Tem hora que a música “Pedaço de mim” do Chico cai como uma luva e dá vontade só de chorar, haha. Mas como me disse a Thatita no dia da “super bad”, “o transtorno é passageiro, mas o benefício é para a vida inteira”.
Trago vocês sempre comigo! :)
Amo muito! Muito, muito e muito! Saudades!!!

Wednesday 4 July 2012




Voltemos às impressões de Dublin!
Lulu e Thatita com o Leprechaun irlandês!! (http://pt.wikipedia.org/wiki/Leprechaun)
Na quinta-feira fomos com a Mari na escola dela que é aqui do ladinho do hostel. A galera toda na recepção falava português (menos uma professora de espanhol), igual a nossa escola. Mas a diferença é que foram super simpáticos, prestativos, mostraram a escola, nos convidaram para aulas de espanhol e de inglês de conversação de graça, etc. Super gostamos da cara da escola e como temos que tirar o visto rápido, preferimos ficar nessa escola os outros 4 meses do que na nossa original (que ninguém deu a mínima pra gente). Decidimos que iríamos olhar com a SEDA (escola atual) o preço deles e dependendo, mudaríamos para a escola da Mari. Aí perguntamos a galera da escola onde poderíamos comer e a moça nos indicou um restaurante chinês perto da tal da agulha famosa, a Spire. Aí fomos procurando, e achamos uma ponte super bonitinha e de repente vimos a tal da agulha gigante, mas ela nem tem muita graça... Custamos a achar o restaurante, mas ficamos felizes que era 7 euros e comida liberada! Hahaha. Nos matamos de comer porque não sabíamos quando seria a próxima refeição do dia... a gente já tinha estourado de comer e a Coca tinha acabado, mas ficou faltando aquele trem para ajudar na digestão. Resolvemos perguntar se a água era de graça e ganhamos o dia com a resposta positiva, hahaha! Como temos que pagar os outros 4 meses de escola antes de tirar o visto, não podemos mexer no nosso dinheiro da conta, então temos que economizar todo o dinheiro possível! Aí saímos andando e achamos uma rua lotaaaaaaada de lojas! E umas muito baratas e com roupas muito bonitas! A Lina ia ficar maluuuuuuuca nesse lugar! Entramos nas lojas, babamos e decidimos que quando formos ricas, vamos ser muito felizes naquelas lojas, hahaha! Tem cada óculos mais lindo que o outro por 4 euros, vestidos lindos por 15 euros! Blasers de boliiiiiiiinhas!!
E é engraçado reparar nas pessoas na rua... parece que ninguém aqui liga pro estilo do outro e como Dublin tem gente de tudo quanto é canto, a gente vê de tudo na rua! As irlandesas e outras européias suuuuuuper passam maquiagem, tem umas que ficam laranja de tanta base. Elas usam os olhos claros com muuuuita maquiagem preta e os cabelos em vários penteados. Alguns coques maravilhosos, outros super avacalhados. Algumas são maravilhoooooosas, parecem bonecas. Outras parecem bêbadas o tempo inteiro. As roupas são muito estranhas. Algumas são muito estilosas, mas outras são muito exageradas. Vimos uma menina passando com um shortinho com metade de bunda aparecendo e ficamos indignadas que são as brasileiras que têm fama.
Aí continuamos andando, andando, andando e andando. Passeamos perto do rio famoso da cidade e na rua do Temple Bar de novo. Aí voltamos pra perto da faculdade e entramos pra conhecer. Nu, que lugar lindo!!! Os prédios todos maravilhosos, uma graminha super verde, muitas árvores... sabe coisa de filme? Ficamos lá um tempo pagando mico tirando umas fotos estranhas, hahaha!



Trinity College
Aí decidimos passar no shopping e descobrir onde era um supermercado. Endoidamos no supermercado quando descobrimos que estávamos pagando caro pra almoçar! Achamos a famosa comida congelada e comemos uma lasanha congelada de jantar. Decidimos que não iríamos mais comer na rua para poder economizar. Tentamos beber um suquinho para variar da Coca, maaaaas, foi insuportável tentar beber aquele suco de laranja (primeiro que quase só existem os sabores maçã e laranja)! Gosto super amargo!
O leite daqui também é diferente, é super aguado! São aqueles galões de filme, sabe? O café não é feito como o nosso... existem grânulos de café como se fossem Nescau... você pega e põe direto na água quente... bem esquisito! Decidi que eu ia beber água dia de semana e Coca no final de semana, porque não vai ser legal beber Coca todos os dias... vou acabar ficando com os dentes iguais aos de alguns irlandeses: pretos e pela metade! Hahaha!
Na sexta decidimos ir a escola para saber sobre teste de nivelamento (que ninguém nos falou nada), tentar um desconto, etc. O cara falou que não conseguiria nos dar um desconto, mas nos falou que o teste de nivelamento ia começar naquela hora! Aí fizemos o teste de nivelamento e voltamos da aula com outro brasileiro que estava no hostel. Aí achamos um supermercado super barato e fizemos comida no hostel. Tudo deles aqui parece ter batata. Frango e peixe não são tão caros, mas aqueles congelados, tipo nugets ou pré-cozidos. As coisas frescas são muito mais caras. Carne de boi é um absuuuuurdo de caro! Não acreditei no preço da carne moída, hahaha!
Nesse dia, combinamos de encontrar com um amigo da Thatita de Juiz de Fora, mas como estávamos na miguelação de dinheiro, queríamos algo barato. Vimos no facebook que no tal do boteco brasileiro ia ter funk, com entrada a um euro, shots a um euro e petiscos a um euro. Claro que pensamos “é nessa lama que nós vamos”. Mais uma vez, foi a coisa mais esquisita do mundo maquiar pra sair com o sol lá fora... mas fomos lá no tal do boteco brasileiro. Ficamos esperando o amigo da Thatita chegar perto do Temple Bar e ficamos impressionadas com o taaaaaaaaaanto de gente bonita que estava passando na rua àquela hora. Passou uma família que a gente brincou que vinha direto de Crepúsculo, porque todos maravilhosos e brancos daquele jeito, só sendo vampiros, hahahaha. Aí achamos o boteco brasileiro e só tinha a gente, haha. Fomos ver o que era o shot de 1 euro e era um xarope com gosto de gelatina que ninguém sabia o que era. Diz o cara do balcão que era bebida brasileira, mas não sei de onde ele tirou essa não! Aí começou a encher e começou a tocar aqueles funks mais antigos, haha. A Mari falou que nem no Brasil ela dançava funk e não estava acreditando que ia dançar na Irlanda, mas a gente arrastou a danada pra pisssssssta, HAHAHA. No meio da festa, a galera no palco anunciou a presença de dois tequileiros para dar tequila para as mulheres, HAHAHAHA, aí nós nos sentimos em festa brasileira mesmo! 



Thatita, Lulu e Mari no Boteco Brasileiro
No final da noite, comemos coxinha e fomos embora pra casa num friiiiiiiio danado. O legal é que aqui dá pra fazer tudo a pé, a qualquer hora. Ficamos sabendo que a polícia nem usa armas aqui de tão tranqüilo. O mais “perigoso” pra gente é que tem umas pessoas que não gostam de estrangeiros e costumam jogar tomate, ovo e essas coisas. Mas diz que quem sofre mais com isso são os homens e as pessoas que moram do lado de baixo do rio, que são as áreas ímpares de Dublin. Por exemplo, a gente mora em Dublin 2 e se descermos tudo reto em direção ao rio e o atravessarmos, chegamos em Dublin 1.
No outro dia, combinamos com o Marcelo de ir ao maior parque urbano da Europa, o Phoenix, mas acabou que choveu o dia inteiro e não pudemos ir. Foi o primeiro dia que fez realmente frio aqui (estilo Ouro Branco 1 mês atrás), mas o problema é que não é só frio... é frio, com chuvinha e muuuuuuito vento!
Depois do almoço fomos passear nos arredores para fazer a digestão. Andamos no parque e fiquei lembrando da Val vendo as milhares de florzinhas lindas que tinha lá. Depois fomos na Grafton Street e nos deparamos com uma banda de meninos tocando música típica e ficamos impressionadas. Eles eram muito bons! Tinha violino e até sanfona! Eles cantavam também e faziam umas segundas vozes maravilhosas! Ficamos vendo o show deles até o final... papai ia ficar maluco!
Nesse dia não fizemos nada à noite que estava muito frio e estávamos muito cansados.
No outro dia acordamos e ficamos procurando saber qual seria o horário da final da Euro Copa, porque os boatos eram de que a cidade iria bombar, haha. Aí fomos pra rua andar e procurar alguma coisa e vimos mais bandas excelentes na rua. Ainda estou impressionada com o povo que toca lá... tinha uma menininha de uns 12 anos supeeeer afinada, com uma voz linda cantando enquanto o irmão, de uns 4 anos, tocava guitarra. Ficamos lá babando! Haha. Aí descobrimos que o jogo era só 19:45 e voltamos pro hostel, fizemos almoço e ficamos morgando. Compramos umas cervejinhas no supermercado que eram mais baratas (porque eu não sei se já contei, mas o pint de cerveja é 5 euros nos pubs) e ficamos experimentando... uma era ruim com força e a outra era boa, haha.
Aí fomos procurar um pub que deixasse a gente ver o jogo sem pagar e acabamos indo no Temple Bar. No segundo tempo, comemos uma pizza super gostosa no lugar barato que achamos e fomos em outro pub ver a cara... quando entramos, tinha uma dupla cantando umas músicas típicas e a galera toda cantando na maior felicidade... inclusive cantaram uma música super gostosa do filme P.S. Eu te amo que eu nunca tinha percebido que o nome da música era “The Galway girl” e Galway é uma cidade da Irlanda. Aí tudo ficou claro e eu ganhei o dia com essa descoberta, haha! Aí começaram a cantar umas músicas como “stand by me”, “sweet home Alabama” e ficamos lá todos felizes cantando. 






Aí saímos de lá e fomos encontrar com o Flávio amigo da Bel. Tudo tão pertinho, é uma delícia poder fazer tudo a pé. Aí encontramos com ele e com uns amigos dele e fomos para um pub lá perto que era a coisa maiiiiiiis linda. Super escondidinho, com umas mesas velhas, umas cortinas velhas... parece aqueles pubs de filme, tipo Harry Potter. Hahaha. Ficamos conversando um pouco e tínhamos que voltar cedo que tinha aula no outro dia. Aí só provamos uma cerveja que eles falaram para provarmos... era cerveja com cidra, algo assim... o trem era dociiiiinho, uma delícia! Ficamos encantados com a cerveja, haha!
No outro dia, acordei cedo e fui pra escola com o brasileiro que estuda lá (porque Thatita está estudando à tarde). Cheguei lá e sabia que minha sala chamava “Dublin”, mas comecei a perguntar pras pessoas onde era a sala do avançado. Aí um me mandou pra uma sala, cheguei lá, vazia. Aí voltei na recepção, me mandaram pra outra e era a sala do intermediário. Aí me mandaram pra outra e era a sala do upper intermediate e eu fiquei puta de ficar procurando e resolvi ver aula lá mesmo. Aí o professor era irlandês e super gente boa. No intervalo fui de novo procurar minha sala e achei e, por coincidência, era o mesmo professor que iria dar a segunda aula do avançado. Dei sorte que foi semana de trocar professor e começar lição, então é como se todo mundo estivesse começando junto. O povo da sala parece legal. Tem umas 16 pessoas... claro que 80% da turma é brasileiro. Mas tem espanholas, venezuelana, francesa, russo, etc. A escola parece ser bem bagunçada, mas a turma parece legal.
À tarde fui correndo no lugar que faz o PPS (primeiro documento pra conseguir tirar o visto) porque fechava às 16h. Segunda o clima estava meio chato... chovia, parava, chovia, parava, choviscava... E eu lá correndo de capuz! Aí deu tempo de fazer o documento, mas parece que os serviços aqui são super lentos. Vai demorar uns 5 dias pra chegar e depois tem que marcar para abrir uma conta no banco, abrir a conta, esperar uns dias para a conta ser aberta, depositar o dinheiro que a imigração pede (em 3 depósitos... 1 só não pode), esperar uns dias, pedir um extrato e esperar uns dias para o extrato chegar. Tem base??
No jantar, o Andrews (brasileiro do hostel) tinha saído com uma amiga dele e aproveitamos a ausência dele para comer peixe (porque ele não gosta). Estávamos com vontade de só beliscar e aí compramos uns nugets de peixe e umas coxinhas de frango (peixe fresco também é caro). Para variar a bebida, compramos um Lambrusco de 2,29 que achamos no supermercado, hahahaha.
Ontem conseguir assistir todas as aulas na minha sala. O primeiro professor era irlandês. Todo engraçadinho, cabeludo (com cabelo preso em coque toodo avacalhado), barbudo, loiro e de olho azul. Claaaaaaaaaaaaro que eu apaixonei. HAHAHAHAHAHAHA.
Fomos na boate que nas terças é tudo 2 euros de novo para a Mari conhecer. Aí fomos cedão para não pagar a entrada, haha. Ou seja, 17:30 já estávamos arrumando para sair. Encontramos uma galeeeeeera do hostel lá... inclusive, quase todos estudam lá na escola. Eram muitos espanhóis e, claro, brasileiros. Tocou “morro do dendê é ruim de invadir” e nós nos sentimos em casa, hahahaha. Um espanhol do hostel falou que eu tinha cara de francesa, a Mari de alemã e só a Thatita de brasileira, hahahahaha!
Apesar de terça-feira na Diceys ter 80% de brasileiros, é muito engraçado como as coisas são diferentes. Todo mundo chega para conversar com você. Diz que, geralmente, as pessoas ficam e já começam a namorar, que é uma coisa natural, mas que até as pessoas ficarem, demora "anos". Diz que em outras boates, a galera dança como se estivessem em clipes, hahaha. Mas isso ainda não conseguimos ver... só pessoas muito diferentes, roupas muito diferentes, sotaques muito diferentes. É muito legal! :)

Depois eu descubro mais coisas para contar para vocês! Agora preciso ir achar um caderno que seja mais barato que os 3.95 euros que vimos na papelaria e uma lapiseira e borracha com preços acessíveis! Hahahaha. Mas não se preocupem, assim que eu tirar o visto eu saio da parte de baixo da linha da pobreza, haha. :)
Muitas saudades já! Falta muito o beijo de boa noite de mamãe e papai todos os dias! Falta o xingo da Lina com meu quarto desarrumado. Falta muito a companhia de muiiiiitas pessoas! :) Mas eu sei que vocês estão aí, independente de distância!
Amo muuuuuuito vocês! Muito mesmo! Saudades! Com Deus!!!

Thursday 28 June 2012

E lá vamos nós!


Vamos às primeiras impressões de Dublin? Primeiras mesmo, porque nem deu tempo de conhecer nada ainda! Haha.
Bom, os vôos foram bem tranqüilos. O de BH para Guarulhos passou em 2 segundos (claro que eu e Thatita arrumamos uma falazada), aí chegamos no aeroporto, demos uma voltinha no free shop, compramos um chocolatinho e uma água (quase o preço do chocolate) e ficamos esperando chamarem. Quando anunciaram o vôo, a gente assustou com o taaaaaaaaaaaaanto de gente que ia entrar nele. Na fila pra entrar tinha uma galera super sem educação, que não pedia licença, muito menos desculpa. Tudo gringo!
O vôo foi bem tranqüilo... vimos filme, dormimos... só o ar condicionado que estava tenso. Quando eu conseguia respirar, ardia até a alma! Já outras vezes, não conseguia, mas me virei. Aprendemos que temos que perguntar tudo das comidinhas do avião. A moça chegou no jantar perguntando se a gente queria frango, carne ou massa. Ninguém perguntava e só respondia. Perguntamos o que era cada. A massa era macarrão, o frango era com arroz e a carne com arroz. Aí pedimos o macarrão e o trem era todo esquisito! Sem molho, mó ruinzinho... Aí chegou o café da manhã... ela perguntou se a gente queria sanduíche de presunto e queijo ou ovos. Claaaaaaaaaaaaaro que achamos que eram ovos mexidos e pensamos que iríamos mandar muito bem de comer ovos mexidos com o pãozinho que vinha... Mas não, era um quadraaaaaado de ovo! Entendi foi nada... e nem era ruim, mas era MUITO esquisito.
Aí chegamos em London, baby e ficamos muito perdidas. A primeira coisa que percebemos era que a água da torneira era quente (e a gente doida pra jogar uma água fria na cara). Tiramos os casacos (porque, por incrível que pareça, Londres foi o lugar mais quente de toda a viagem) e fomos procurar onde faríamos conexão, check in, etc. Aí fomos seguindo as plaquinhas de conexão e um cara super simpático nos indicou onde ir. Logo pensamos “pessoal gente boa aqui...”. Ahhhhhhhhh tá! Para passarmos para as conexões para Reino Unido e Irlanda, a gente teve que passar tipo por uma imigraçãozinha. O cara, na cara mais mau humorada do mundo, mandou a gente preencher um papelzinho e voltar pra fila. Aí voltamos em outro cara, tão mau humorado quanto e ele arrumou uma perguntação danada. O que que a gente veio fazer em Dublin, qual era nossa profissão, se a gente já havia trabalhado na profissão, por que a gente falava que era farmacêutica e jornalista sendo que a gente não tinha trabalhado na profissão, como estávamos pagando pela viagem, o que nossos pais faziam no Brasil... nossa senhora! Chatura pura... e isso tudo com aquele tom desafiador, sem nem um sorrisinho maroto! Enfim, o cara liberou a gente. Falamos que não tínhamos conseguido fazer check in no Brasil, aí ele pegou nossa passagem impressa, deu uma olhada e falou pra gente ir andando. Passamos por um trem de segurança que tiram nossa fotinha e colam um código de barra no passaporte. Aí chegamos na sala de conexão e era gigaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaante! Milhões de lojas, parecia shopping! Lindo, lindo! Ficamos lá boiando, olhando o preço das coisas, reparando nas MILHÕES de pessoas maravilhosas e diferentes. E bota diferente nisso... aquelas mulheres de burca que só aparece o olhinho, aquelas que usam véu, japoneses com cabelos coloridos, hippies, caras lindos de dread, pessoas gigante, pessoas MUITO brancas, etc. Vimos que o pacote de Malrboro (não sei nem escrever isso) era 55 dólares em Guarulhos e mais ou menos o mesmo preço em libras em Londres e ficamos torcendo para não nos pararem na alfândega e tomarem nossos cigarros. Como não conhecíamos o Heathrow, não sabíamos que os vôos para tais lugares têm portões mais ou menos específicos. Estava escrito na televiãozinha que o nosso portão iria ser aberto 18:15 e nosso vôo era às 19h. Perguntamos um cara da loja que comprei a máquina se precisávamos do cartão de embarque, porque não conseguimos fazer check in no Brasil e o cara da imigração só olhou nossa passagem e não falou nada a respeito quando dissemos que não tínhamos o cartão de embarque. Ele falou que alguns vôos não pediam o cartão, mas que era pra gente conferir. Aí fomos pro portão indicado. Antes de chegar, passamos por outra fila com mais agentes. O que nos atendeu, viu nosso passaporte e começou a falar em português. Aí tinha que tirar outra fotinha e ele conferia o código de barras pregado no passaporte. Perguntamos pra ele se era só isso e ele falou que sim. Quando chegamos no portão indicado, tinha uma super fila em um lugar super abafado. Isso porque era 18:30 com climinha de 14h! Quando chegamos no começo da fila, a mulher pediu o cartão de embarque e falamos que não tínhamos, aí ela falou que não podia fazer nada por nós, que era pra voltar e ir no próximo vôo. Aí desesperamos porque já tínhamos combinado com o Flávio amigo da Bel de nos buscar no aeroporto. Voltamos para onde falava “informação de conexões” e o cara tentou explicar onde tínhamos que ir. Aí achamos as maquininhas do check-in em um lugar TOTALMENTE diferente da sala de conexão (e não tinha nenhuma placa avisando), mas já era 19h. Não conseguimos fazer check in na maquininha e fomos tentar no balcão, aí a moça também não conseguiu. Aí tivemos que ir em outro lugar pra moça remarcar o vôo. Aí ela perguntou porque perdemos o vôo, expliquei pra ela e ficou tranqüilo. Aí nisso super estressamos. Ainda bem que o cara da loja tinha colocado a senha da internet no celular da Thatita, senão, não teríamos como avisar o Flávio (porque o free wi-fi de Londres não funciona).
Nisso já estávamos no auge do mal humor e começando a ficar com fome. Fomos comer em um café super bonitinho. Comemos sanduíche de presunto, cheddar e mussarela esquentado na chapa e um chocolate quente que nem era quente de verdade. Mas colocamos uma barrinha do Lindt amargo que tínhamos comprado em Guarulhos no chocolate e o negócio ficou uma delícia! Nó, foi uma refeição completa! Pareceu a melhor coisa do mundo!







Nosso vôo passou para as 21:30 e quando fomos para o portão, parecia Ouro Branco no inverno às 17h, quando está com cara que daqui  um tempo vai anoitecer. Entramos no aeroporto e ficamos querendo ver o mar, mas não estávamos na janela. Estávamos tão cansadas que dormimos. Quando a mulher avisou pra voltar o assento para pousarmos, olhei no relógio e eram 22:30, olhei na janela e... cadê a noite???????? Quando a gente desceu em Dublin que começou a escurecer. Aí chegamos e tivemos que passar na imigração. A mulher perguntou o que viemos fazer e foi outra entrevista com o diabo, mas essa era pior. Ela perguntou o que viemos fazer e caímos na bobagem de ser sinceras. Falamos que tínhamos dois meses de aula comprados, mas que iríamos tentar o visto de 6 meses. Aí ela perguntou que visto e eu falei que era aquele que podia trabalhar, aí ela ficou perguntando milhões de coisas sobre visto e eu tentando explicar que a gente sabia que poderíamos ficar 3 meses com um visto de turista. Pra quê... a mulher vira e fala “Primeiro, pára de usar a palavra visto porque você não sabe do que você está falando. Você está falando sobre permissão. Vocês nem precisam de visto porque brasileiros não precisam de visto por 90 dias. Para isso, vocês precisam ir na imigração. EU SOU A IMIGRAÇÃO! Eu decido quanto tempo vocês ficam e se ficam. Aqui e agora.”. Eu só respondi “ok” e esperei. Aí ela carimbou nosso passaporte e nos deu dois meses pra regularizar a situação. Fiquei feliz porque consegui sair das duas “entrevistas” com as pessoas mais estúpidas do mundo sem derramar nenhuma lágrima, haha! Acho que já estou amadurecendo! Hahahahaha!
Nisso fomos procurar as malas e como demoramos 15 anos com a gordinha da imigração, as nossas eram as duas últimas malas.
Como o Flávio não poderia nos buscar no horário que chegamos, ele mandou um transfer brasileiro suuuuuuper gente boa! Tinha uma brasileira com ele que tinha acabado de chegar e parece que ela fazia psicologia. Aí os dois ficaram discutindo uns trem de síndrome de Édipo e um papo aranha danado! Aí ele veio com a gente no hostel, confirmou a reserva, etc. Muito bonzinho mesmo. Deu dicas de comida e de telefone.
Custaaaaaamos a subir com as malas por milhões de escadas até o quarto. Graças a Deus, só tínhamos nós duas, mas o quarto não tinha banheiro. Aí ficamos meio perdidas e fomos conversar com o cara e ele falou que poderia tentar nos trocar de quarto, mas que como no outro dia tinha show do Red Hot, eles estavam lotados. Aí ficamos tranqüilas e fomos dormir. Nó, apagamos... Dormimos até umas 13:30, por aí! Nem nos importamos com a claridade gigante no quarto.
Aí acordamos, comemos um passatempo (porque tínhamos perdido o café da manhã) e fomos tomar banho. O banheiro é bem tranqüilo e o chuveiro é muito interessante. É como se fosse uma duchinha grandooona! Aí você pode pendura-la no suporte e ter um chuveiro alto ou pode tomar banho segurando, haha. Delicinha o chuveiro, mas a temperatura às vezes varia, aí tem que sair debaixo e esperar esquentar de novo.
Aí resolvemos passear e ficamos apaixonadas com os arredores. Cada predinho mais lindo que o outro, com cara daquelas construções antigas que nunca foram mexidas. Cheeeeeeeeio de árvore, um bonde passando, aqueles lustres gigaaaantes tipo arandelas pelas ruas (papai e mamae iriam amar)... tudo MUITO lindo! Aí vimos que um dos parque famosinhos era 2 quarteiroes de casa... ele chama Stephen’s Green! É muuuuuuito lindo, literalmente green e com aquele clima mais delícia do mundo!








Muito perto também, estava a famosa Grafton Street, que é uma rua cheeeeia de lojas, cheia de lojas boas, facinho de ficar maluca! Hahahaha!
Estávamos morrendo de fome e acabamos comendo um subway, porque não achamos nada mais interessante e mais barato. Compramos um chip de celular e agora já tenho telefone e mexo em tudo que é aplicativo que me permite falar com vocês mais facilmente: +3530876087951.
Ficamos andando um tempão e de repente vimos uma fila gigaaaaaante pertinho de casa! Escutamos dois brasileiros conversando na porta e perguntamos o que era aquilo... ai eles nos contaram que era a boate famosa que a Lelê tinha me falado, a tal da Diceys! UM QUARTEIRAO DE CASA! A fila estava gigante porque era terça e nas terças tudo é 2 euros e antes das 19, é de graça pra entrar! As garrafas de bebidas, os copos (o tal do pint, uma medida que e 570mL, se não me engano) e até o hamburguer no final da noite, haha, tudo 2 euros! Ai decidimos ir lá na tal da Diceys pra ver como era... chegando lá, o lugar era GIGAAAAAAAAAAAAANTE! Tem vários ambientes e cada hora a gente descobria um. Tomamos nosso primeiro copo de Guinness e achamos um pouco forte, meio amargo... aí logo fomos pra Heineken de 2 euros! A gente escutou milhões de pessoas falando português, mas conversamos com tudo quanto era gente: francês, italiano, espanhol, irlandês, brasileiro, americano, etc, etc, etc. Achamos super legal! O mais esquisito de tudo foi maquiar pra sair com o sol a pino lá fora (isso porque já era 21h). 

Na quarta, ainda estávamos no fuso-horário, mas conseguimos acordar pro café da manhã... é bem simplezinho... tem pão de forma, torradeira disponível, geléia, manteiga, leite, café, chá e cereal. Claro que comemos e voltamos a dormir. Quando descemos pro computador, conhecemos uma brasileira que tinha acabado de chegar de BH, a Mari. Chamamos ela para passear à tarde e ela foi conosco.
Descobrimos onde é nossa escola e é uns 15 minutos a pé (o que é ótimo, porque as comidas baratas aqui são as mais gordinhas!!!!). Aí saimos de lá e fomos procurar lugar para almoçar (isso porque já era 16h) e achamos uma pizza (porque todos os lugares já estavam fechados)... Comemos a pizza e ela sobrou! Pedimos uma caixa pra levar o resto pra casa e saimos andando sem rumo! Então decidimos descobrir onde era o tal do Temple Bar e acabamos achando a igreja de St. Patrick e o parque. Nó, que coisa mais linda! Ficamos um tempão lá vendo os meninos jogando bola, as familias descansando... E a gente passeando com nossa amiga pizza! Chiqueza pura!









Depois continuamos andando sem rumo e vimos muitos prédios muito bonitos... parece cidade de conto de fadas! Talvez eu ainda vire uma princesa da Disney, hahahaha!
Aí, por sorte, achamos o tal do Temple Bar. Na verdade, existe uma rua lotaaaaaaada de pubs e muitos deles são liiiiiiindos! Mas existe um principal, vermelhinho, que é o trem mais lindo por fora... Quando entramos pra ver, não acreditamos no quanto era bonitinho! Tivemos que sentar e tomar uma Guinness com a Mari pra ela experimentar. 






Quando percebemos que estava escurecendo, decidimos ir embora (porque ja era quase 23h) e passamos na frente de muitos outros prédios lindos! Andamos 5 minutos desde o Temple Bar e chegamos na Trinity College, a faculdade de Dublin, que parecia linda (tudo é muito lindo, impressionante!!). Mas a Trinity College é 2 min da Grafton Street, que é 5 min do nosso hostel... ou seja, é tudo do lado! Andamos o dia inteiriiiiiiiiiiinho, ficamos super cansadas e chegamos no hostel e comemos nossa amiga pizza que nos acompanhou o dia inteiro, hahahaha! :) 






Hoje foi outro dia de andanças... mas vou contar na próxima leva senão ninguém vai ter paciência pra ler, haha!
Chorona e apegada do jeito que sou, falar “já estou com saudades” é desnecessário, né?! Mas é verdadeiro! :) Se cuidem que estou tentando me cuidar! (apesar de que, por enquanto, São Pedro não quis nos assustar nem um pouco com o clima).
Amo muito voces! Com Deus! :)